JUSSARA SILVEIRA
Jussara eu conheci primeiramente através de seus discos.

Já tinha ficado apaixonado um tempo por aquele com canções de Caymmi [1998]. Depois vim a ouvir e ouvir muitas vezes o que ela gravou antes [Jussara Silveira, de 1997] e fiquei mais impressionado ainda vendo-a cantar ao vivo, com densidade emocional extrema, que não deságua em dramaticidade, mantendo algo tenso e relaxado ao mesmo tempo: pênsil entre a delicadeza e a comoção.

Voz carregada de sentidos, que vão se desnudando aos poucos, nas dobras entre as sílabas e suas inflexões.

Depois, conhecendo-a pessoalmente, vi o quanto sua doçura é responsável pela maneira como ela soa, em carne e osso.


Arnaldo Antunes









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